Variações do forró são exploradas em ótimos 65 minutos
Maciel Melo foi divisor de águas no forró, nos anos 90, com melodias engenhosas, às vezes duas, três, em uma mesma canção, e novas temáticas para as letras, neste trabalho ele volta a inovar, empregando músicos da Spokfrevo Orquestra, com baixo, guitarra, e o tripé básico do forró: zabumba, triângulo, sanfona. O CD contém parte do disco acústico, de cantoria, que Maciel pretendia lançar (e chegou a gravar), com canções mais recentes.
De certa forma, ele está levando o gênero à mesma mudança que empreendeu Spok e sua orquestra com o frevo. Aqui, o forró se presta à dança, mas também é música que pode ser apresentada em um teatro, com a platéia apreciando da poltrona. É assim que acontece com Pelos cantos da casa (dele e Xico Bizerra) , que abre o repertório do álbum.
A sanfona de Genaro está presente na música inteira, mas ela é iniciada com Ananias Junior solando na guitarra, sem que isto descaracterize o arrasta-pé. Aliás, Genaro é um sanfoneiro que extrai timbres do instrumento como só os grandes músicos conseguem.
É o que ele faz no xote É só triscar que sai faísca. Este é um dos poucos discos no qual o termo forró é bem aplicado, já que os forrozeiros atuais, com honrosas exceções, insistem em compor e cantar só xotes (com letras de um romantismo repetitivo).
No disco de Maciel Melo tem quase todos os ritmos embutidos no coletivo forró (com um forte tempero de cantoria de viola). Algumas faixas já nascem clássicas, são os casos do baião Roubando a cena, que ele canta com Josildo Sá, ou a toada Bolero de Isabel (Jessier Quirino), um dueto com Silvério Pessoa. Um disco com 17 faixas, mas que não cansa em momento algum em seus 65 minutos de ótima música.
FONTE:http://jc3.uol.com.br/jornal/2009/05/05/not_329206.php
Lembrando que Maciel Melo, estará no dia 24 de junho em Caruaru e no dia 26 em Arcoverde.
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